Ele começou como pegador de bola e hoje é fundador de projeto social e líder comunitário

Vindo da Bahia com sua mãe e mais 10 irmãos em busca de uma vida melhor, Rogério, hoje com 34 anos, começou a trabalhar com tênis aos 9, como pegador de bola. Aos 14 anos virou rebatedor de bola – que auxilia o professor rebatendo bola com os alunos – e aos 17 anos já dava suas próprias aulas no Espaço Esportivo e Cultural BM&FBovespa em Paraisópolis, comunidade onde mora desde que chegou à São Paulo.

Com o fechamento do espaço em 2016, Da Hora queria continuar dando aula para a molecada. Surgiu então seu projeto social “Tênis na Rua Paraisópolis” para atender as crianças da região.

"As crianças me encontravam na rua e perguntavam das aulas, que estavam com saudade e queriam jogar. Eu precisava fazer alguma coisa para continuar com a atividade, o esporte e o lazer são muito importantes para o crescimento dessas crianças. Foi quando fundei o projeto social que atua até hoje e só cresce.” comenta o professor.

Como o nome já diz, o esporte é praticado na rua. O professor fecha a rua para carros, monta as redes, distribui os materiais e faz a alegria da criançada.

Conta ainda com parcerias para levar outras experiências para os moradores, como brinquedos infláveis e distribuição de brindes.

Contato é tudo nessa vida!

Atuando no tênis desde muito novo, conheceu diversas pessoas. Algumas delas lhe deram oportunidades na vida, como por exemplo, fazer uma faculdade de educação física. Rogério é formado pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro desde 2013.
Eloy de Souza, diretor técnico do Cades, conhece Rogério desde quando era seu pegador de bola e lhe ofereceu oportunidades profissionais, inclusive o apresentando ao Cades em 2018, quando virou nosso professor.
“Conheci o Rogério quando ele e seu irmão Dudu, recém chegados da Bahia, começaram a pegar bolas na Academia que eu era diretor. Tenho muito orgulho de tê-lo como meu amigo, amigo da minha família, bem como meu companheiro de trabalho. Além disso tudo é um líder comunitário, sempre carinhoso e pensando no bem dos outros, além de lutar pelos mais necessitados.” declara Eloy.

Empreendedorismo na veia!

No ano passado, Da Hora encontrou uma quadra abandonada em Paraisópolis e não teve dúvida: iria angariar fundos para revitalizá-la, transformá-la no Espaço Esportivo Paraisópolis e oferecer aulas para as crianças da região. Através de uma parceria, conseguiu reforma-la com alinhamento de piso, pintura e alambrado. Para viabilizar o atendimento com as aulas, ainda se faz necessária a construção de um depósito, dois banheiros e um bebedouro. Para isso, junto com o Cades, lançou um Crowdfunding (a famosa “vaquinha”) que ainda está no ar e já conseguiu R$11.000,00, que representa 50% do valor total.

O Espaço Esportivo Paraisópolis pretende atender mais de 600 crianças e 2.000 pessoas, sendo uma excelente opção de esporte e lazer, coisa rara na segunda maior comunidade de São Paulo.

Devido ao “Tênis na Rua Paraisópolis”, aos projetos do Cades em que ele atua (que também acontecem na região) e outras ações em Paraisópolis, Rogério é considerado um líder comunitário, é muito conhecido e respeitado na região.

Em um ano de pandemia, ele está à frente de campanhas solidárias na entrega de cestas básicas e já ajudou mais de mil famílias.

"É muito importante ter um membro do Cades como o Rogério. Além de nos mostrar, diariamente, como se trabalha para uma comunidade, ele é um exemplo de solidariedade e empreendedorismo. Isso engaja toda a equipe." declara Ricardo Amaro, fundador do Instituto CADES.

Há três anos atuando no Instituto, Rogério conquistou todos rapidamente e é muito querido por toda a equipe. Não há dúvida de que sua história é um exemplo para os alunos e para todos aqueles que cruzam seu caminho.

 

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